Não há nada mais agradável do que admirar as deliciosas obras dos impressionistas. É possível afirmar isto categoricamente. Contudo, será que existe passatempo tão agradável quanto este?
Certamente: ler as obras dos grandes autores deste mesmo período em que brilharam Camille Claudel e Berthe Morisot. E começaremos aqui com Oscar Wilde, o dandy maior de nossa Golden age. Deslumbrantemente elegante e excêntrico em suas contações de histórias que arrastavam multidões, somente suas obras podem comprovar seu brilho, seu talento, sua aguçada inteligência e seu charme irresistível!
Seus contos são um primor de cores e perfumes, delicadamente escritos para todas as idades. É impossível não se divertir com o Fantasma de Canterville.
Suas peças são o retrato de uma sociedade composta de pessoas valorosas e éticas e outras nem tanto, mas todas providas de imenso poder de atração, ainda que terrivelmente superficiais, como é o caso de Da importância de ser honesto.
O retrato de Dorian Gray é um estudo assustador e sensível da alma humana.
Até no cárcere em meio a terríveis sofrimentos Oscar Wilde escreveu uma obra que poderá marcar nossas vidas para sempre. Despertando alegrias e tristezas, revolvendo nossos mais recônditos sentimentos, nunca mais seremos os mesmos após a leitura deste brilhante cavalheiro que tinha um gosto muito simples: só queria o melhor.